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Mostrando postagens de maio, 2024

um amor que se foi, contra todas as promessas

  Um amor que partiu, depois de promessas tão caras, Foi um covarde, e suas palavras, falsas e rasas. Foi sem nem olhar para trás, sem se importar com o coração que deixou a lamentar.   Juramentos outrora feitos, agora desfeitos, Em cada sílaba de minha boca, um despeito. Sina minha, maldita ilusão que corta feito lâmina as fibras malogradas de meu peito.   Ah, como doeu ver a verdade assim tão revelada. O amor que prometia eternidade, agora nada. Que amargura de abandonado, que hora triste. Que escuridão de saudade que persiste.

Será que haverá tempo para sentir saudade?

À Saudade em Tempos de Pressa   Em tempos de laços tênues, onde o agora é rei e o efêmero, a lei, a saudade se esconde, tímida, nas frestas do instante, entre a correria.   Será que haverá tempo para sentir saudade, quando tudo se consome na chama do imediato e as memórias, outrora perenes, se desfazem ao vento, frágeis e leves?   Saudade do quê? O que lembrar quando o ontem mal se forma e já é passado, e o presente, voraz, insaciável, devora o amanhã antes que desperte?   Oh, saudade, vestida de melancolia, onde te abrigarás quando o coração, tomado de urgência, esquece de bater com calma, de sentir?   Em um mundo de brevidades, onde as emoções piscam como telas, o que restará de ti, saudade, se o homem esquece de olhar para trás?   Talvez apenas ecos fiquem, sussurros de tempos mais brandos, memórias que desafiam o esquecimento, sobrevivendo ao turbilhão do agora.   Sim, haverá saudade, ...

Escuridão

Nada há para ver. Escuridão. Como a noite sem luar. Escuridão. Como uma caixa fechada. Escuridão. O que se esconde no canto? Escuridão. O medo me sufoca. Escuridão. De quem devo me proteger? Escuridão. Estou sozinha. Escuridão. Estou sozinha? Escuridão. Escuridão. Escuridão. Escuridão. Mãe, por favor, acenda a luz. Os primeiros monstros que encontramos são muitas vezes os próprios pais.

Um oceano de memórias vivas

Na vastidão da memória adormecida, preenchida de ecos de tempos findos, eis que a saudade, dor indefinida, invade a alma em suspiros infindos. Um mar de tristeza se derrama, nas águas profundas do peito aflito. Amores perdidos nas névoas da chama, lembranças renascem, em dor, num rito. A melancolia entrelaça-se inteira a cada pensamento, a cada gesto. Amar e sofrer: esta é a maneira que a saudade compõe, sem o resto. É o amor em silêncio e distância, envolto em véus de ausência e dor. O peito aperta, em ânsia e constância, encontro marcado com seu penhor. Mas a saudade, viva e dolente, é também bálsamo que aquece a alma; pois mesmo na tristeza, amor é semente, e a esperança renasce, acalma. Saudade — um suspiro no tempo, um eco sutil, tão quieto e voraz. É o amargo e o doce, o desalento, é o vazio que nunca se desfaz. É o abraço ausente, a voz calada, o vazio sem fundo, a dor persistente; é a lembrança que insiste em nada, a presença que a alma sente. Um mar de memórias perdura, inunda...