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Mostrando postagens de janeiro, 2025

Desconhecia Tua Dor

  Me perdoe quando me inflamei.   Com língua em brasa te feri, te machuquei.   Era a mim que eu via no brilho incerto dos olhos teus,   Era só medo que eu sentia por temer mais um adeus.   Era a mim que eu não conhecia. Meu próprio terror gritava e eu escondia,   num mar de agonia. Desespero. Te perdi, por ter medo. Perdão. Desconhecia tua dor.

Por Nós

Caminhamos de encontro ao nada, Andando com pés soltos, sem destino. Olhares sem freios, de mãos dadas. Éramos então, apesar de tanto e tudo, dois meninos.   E de encontro à nossa pele, sem reservas vinha A água salgada, tantas lágrimas, fria. Mas, ao contrário de nossos rostos, agora despidos, Eram os nossos pés que banhava aquele mar.   Não era preciso palavras, tão pouco eram precisas. Não tínhamos nada a dizer. Estava claro, como aquele sol de fim de tarde, então quase poente, quase contente, que, apesar de tantas coisas já ditas e escritas, Podíamos ali, até mesmo morrer, Pois sabíamos, eu sabia, sabia também você, que nada seria capaz de explicar o amor tão grande,  coisas sentidas, sem voz... apenas por nós.