Na despedida
a lembrança que fica
é rio da saudade.
Minha boca chora
quando enfim chega a hora
de dizer adeus.
E afogados meus olhos
quietos espreitam
no horizonte os seus!
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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Saudade
A saudade é como o espinho
da mais suave e bela flor
Seu perfume é delicado
mas seu espinho causa dor
Saudade é carinho
dado pelo amor.
Chaga de mansinho
enche o peito de ardor
Saudade é deserto
lembranças, uma miragem
um desejo de estar perto
uma rápida passagem
Saudade, vozes ao vento
distanciando-se lentamente
Assovio de um momento
Que aperta o coração da gente
da mais suave e bela flor
Seu perfume é delicado
mas seu espinho causa dor
Saudade é carinho
dado pelo amor.
Chaga de mansinho
enche o peito de ardor
Saudade é deserto
lembranças, uma miragem
um desejo de estar perto
uma rápida passagem
Saudade, vozes ao vento
distanciando-se lentamente
Assovio de um momento
Que aperta o coração da gente
Pés descalços
Teus pés descalços no frio chão
imundos como foi pra tia a vida
nos peitos que não brotaram coração
nas calças onde encontraste a lida
Suas roupas sobre o corpo, sujas
Teu corpo sujo, faminto
Teus olhos, vazios pelas ruas
Vagos como andas tua vida
Suas noites frias na calçadas
onde pisam pés durante o dia
Sem saberem, sem ser amada
Uma criança dorme em noite fria.
imundos como foi pra tia a vida
nos peitos que não brotaram coração
nas calças onde encontraste a lida
Suas roupas sobre o corpo, sujas
Teu corpo sujo, faminto
Teus olhos, vazios pelas ruas
Vagos como andas tua vida
Suas noites frias na calçadas
onde pisam pés durante o dia
Sem saberem, sem ser amada
Uma criança dorme em noite fria.
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Balanços ao vento
Daqui vejo verdes folhas.
Elas balançam ao vento
E olha! São como eu..
Balança, sacoleja e quase cai,
mas aguenta o sopro.
Como as folhas, que correm
em sus nervuras o orvalho da manhã,
também por meu rosto correm lágrimas
orvalhadas.
Grossas folhas de jacarandá.
velho jacarandá retorcido.
Que saudade que me dá.
Dos sonhos não vividos
- que sonhei-
Dos amores maltratados
- que amei-
Dos longos beijos
- que não dei-
Elas balançam ao vento
E olha! São como eu..
Balança, sacoleja e quase cai,
mas aguenta o sopro.
Como as folhas, que correm
em sus nervuras o orvalho da manhã,
também por meu rosto correm lágrimas
orvalhadas.
Grossas folhas de jacarandá.
velho jacarandá retorcido.
Que saudade que me dá.
Dos sonhos não vividos
- que sonhei-
Dos amores maltratados
- que amei-
Dos longos beijos
- que não dei-
O quê foi de minha vida?
Passei parte de munha vida sonhando
e outra parte querendo.
Uma parte chorando
Outra parte perdendo.
Olhando para trás percebo
que minha vida não fui ruim, apenas
não consegui ver o que de bom veio
para mim.
As lágrimas me impediram!
E muitos sóis não vi nascer.
Joguei fora as alegrias por um suporto
sofrer.
Só hoje vi - e percebi - que a vida é breve
Nem sempre existirá um novo amanhecer.
e outra parte querendo.
Uma parte chorando
Outra parte perdendo.
Olhando para trás percebo
que minha vida não fui ruim, apenas
não consegui ver o que de bom veio
para mim.
As lágrimas me impediram!
E muitos sóis não vi nascer.
Joguei fora as alegrias por um suporto
sofrer.
Só hoje vi - e percebi - que a vida é breve
Nem sempre existirá um novo amanhecer.
Um novo mundo
Quero um novo mundo
- que esse eu conquiste-
Quero fuçar meus guardados,
que há muito empoeirados esperam
a glória longínqua. Perdida no tempo.
Desejo despertar essa criança quietinha,
adormecida, mantém a esperança.
Enclausurada - Emudecida!
- que esse eu conquiste-
Quero fuçar meus guardados,
que há muito empoeirados esperam
a glória longínqua. Perdida no tempo.
Desejo despertar essa criança quietinha,
adormecida, mantém a esperança.
Enclausurada - Emudecida!
Cai a chuva
pinga... pinga...Lá fora a terra fura
e de dura mole fica.
No ar, cheirinho gostoso de barro
Vontade de brincar.
As árvores sacolejam e esfarfalham
Dançam felizes com o vento.
Euforia. Arrastando a contento
tudo o que cabe em seu enorme abraço
Olha a galinha que corre furtiva,
brinca nas poças. Que inveja. Cacareja.
Na cozinha a mãe faz pão.
A chuva acaba, e correndo o menino
sai para brincar.
A mãe chama. É hora de ir para escola.
Come o pão quentinho e desenxabido
vai-se embora. Nos olhos a saudade da chuva.
Passa correndo a galinácea, sacolejando a asa,
secando ao sol.
E o sol brilha forte e imponente por entre as árvores
que ainda pingam cristais.
e o vento, cessado, vai embora.
Assoviando.
pinga... pinga...Lá fora a terra fura
e de dura mole fica.
No ar, cheirinho gostoso de barro
Vontade de brincar.
As árvores sacolejam e esfarfalham
Dançam felizes com o vento.
Euforia. Arrastando a contento
tudo o que cabe em seu enorme abraço
Olha a galinha que corre furtiva,
brinca nas poças. Que inveja. Cacareja.
Na cozinha a mãe faz pão.
A chuva acaba, e correndo o menino
sai para brincar.
A mãe chama. É hora de ir para escola.
Come o pão quentinho e desenxabido
vai-se embora. Nos olhos a saudade da chuva.
Passa correndo a galinácea, sacolejando a asa,
secando ao sol.
E o sol brilha forte e imponente por entre as árvores
que ainda pingam cristais.
e o vento, cessado, vai embora.
Assoviando.
Lamúria
Está frio. La fora uma fina
nevoa cai como flocos
acinzentando os corações
numa rima imaginária
cantando.
Mas o canto por deveras é triste.
e baixinho vem lembrando uma lamúria.
Espanto-a mas, persiste
entoando a valsa da penúria.
Atrevo-me a rabiscar sonetos
como quem canta a felicidade.
Mas sufocada me perco na saudade.
Como o frio, que assola minha porta,
assim minha alma se acinzenta.
Estremecida pela hora morta.
nevoa cai como flocos
acinzentando os corações
numa rima imaginária
cantando.
Mas o canto por deveras é triste.
e baixinho vem lembrando uma lamúria.
Espanto-a mas, persiste
entoando a valsa da penúria.
Atrevo-me a rabiscar sonetos
como quem canta a felicidade.
Mas sufocada me perco na saudade.
Como o frio, que assola minha porta,
assim minha alma se acinzenta.
Estremecida pela hora morta.
Inalterada
Bate á porta
Chama-me
Emudeço!
Persiste...
Finjo não estar
Admito - Finjo-
Mas quem nunca escondeu-se do vento da saudade?
Vai embora
Fico
Inalterada.
Chama-me
Emudeço!
Persiste...
Finjo não estar
Admito - Finjo-
Mas quem nunca escondeu-se do vento da saudade?
Vai embora
Fico
Inalterada.
Creio que a vida talvez seja um teatro
Um divertido teatro canastrão com péssimos atores.
A vida é isso ou aquilo, um embolo de tudo isso e
um vazio cheio de nada.
Quem sabe um oco forrado de esperança para tolos
sonharem.
Um paralelo de ilusões.
Ando por uma esquina e encontro toda dor, mas numa taça
de vinho recomponho-me.
A vida segue com seu espetáculo tedioso.
Com seus erros e improvisos.
Com algumas plateias sonolentas, desapercebidas.
Outras cansadas vão-se embora.
Cheia de mentiras tortuosas.
Com seu pano de fundo surrado
Ruido pelo tempo.
Priscila Magalhães
Um divertido teatro canastrão com péssimos atores.
A vida é isso ou aquilo, um embolo de tudo isso e
um vazio cheio de nada.
Quem sabe um oco forrado de esperança para tolos
sonharem.
Um paralelo de ilusões.
Ando por uma esquina e encontro toda dor, mas numa taça
de vinho recomponho-me.
A vida segue com seu espetáculo tedioso.
Com seus erros e improvisos.
Com algumas plateias sonolentas, desapercebidas.
Outras cansadas vão-se embora.
Cheia de mentiras tortuosas.
Com seu pano de fundo surrado
Ruido pelo tempo.
Priscila Magalhães
Embriagues
Estou embevecida, inebriada de amor estou
Acho que fui violada por um vento que aqui passou
Caída, descomposta, ruminando restos de paixão
Olhar vago, seio má mostra. Trêmula respiração.
Lembrar vago, pensar distante. Mente enleada, confusa
Boca trêmula. almejante, pele eriçada, desnuda.
Acho que fui violada por um vento que aqui passou
Caída, descomposta, ruminando restos de paixão
Olhar vago, seio má mostra. Trêmula respiração.
Lembrar vago, pensar distante. Mente enleada, confusa
Boca trêmula. almejante, pele eriçada, desnuda.
Poesia de minha velhice
Como será meu rosto, quando marcado ja for pela vida?
Será triste? Fosco? Será o de uma mulher sofrida?
Será um rosto brilhante, com nelas passagens a oferecer?
Um rosto de alegria ofuscante de uma mulher que soube viver?
Quero pra mim um jardim sempre belo frente a minha varanda
para que na vida seja um elo
Quero uma poesia sempre viva dentro de meu coração
para que eu possa me lembrar da vida que soou em mim
como uma canção.
Será triste? Fosco? Será o de uma mulher sofrida?
Será um rosto brilhante, com nelas passagens a oferecer?
Um rosto de alegria ofuscante de uma mulher que soube viver?
Quero pra mim um jardim sempre belo frente a minha varanda
para que na vida seja um elo
Quero uma poesia sempre viva dentro de meu coração
para que eu possa me lembrar da vida que soou em mim
como uma canção.
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