Por Nós


Caminhamos de encontro ao nada,

Andando com pés soltos, sem destino.

Olhares sem freios, de mãos dadas.

Éramos então, apesar de tanto e tudo, dois meninos.

 

E de encontro à nossa pele, sem reservas vinha

A água salgada, tantas lágrimas, fria.

Mas, ao contrário de nossos rostos, agora despidos,

Eram os nossos pés que banhava aquele mar.

 

Não era preciso palavras,

tão pouco eram precisas.

Não tínhamos nada a dizer.

Estava claro, como aquele sol de fim de tarde,

então quase poente, quase contente,

que, apesar de tantas coisas já ditas e escritas,

Podíamos ali, até mesmo morrer,

Pois sabíamos, eu sabia, sabia também você,

que nada seria capaz de explicar o amor tão grande, 

coisas sentidas, sem voz...

apenas por nós.

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