Balanços ao vento
Daqui observo folhas verdes,
que dançam suavemente ao vento.
E veja! São como eu...
Balançam, se curvam, quase tombam,
mas resistem ao sopro do tempo.
Assim como as folhas, que acolhem
o orvalho da aurora em suas nervuras,
também em meu rosto deslizam lágrimas,
como gotas de orvalho na frescura.
Folhas espessas de jacarandá,
antigo, marcado em seu viço,
me trazem saudade entranhada
dos sonhos que um dia foram meus.
Dos amores desfeitos, que em mim floresceram,
dos beijos perdidos ― não dados, apenas meus.
Comentários