Saudade

A saudade é um espinho sutil
que na flor que encanta e seduz.
Teu perfume é doce, seu aguilhão é hostil,
E entre lembranças, o peito conduz.

É carinho dado, um amor em gesto
que deixa sua marca no peito.
Chega mansa, como um preceito,
deixando na alma um ardor inquieto.

Saudade, um deserto vasto,
miragem de lembranças ao relento.
Desejo de estar, de um abraço casto,
Passagem breve, tempo lento.

Vozes ao vento ecoam distantes,
num sopro que afaga e maltrata.
Assovio de instantes, memórias errantes,
No coração, uma ferida insensata.







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